D. João VI retornou à Europa em 26 de abril de 1821, deixando seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara, como regente para governar o Brasil. O governo português tentou transformar o Brasil em uma colônia, uma vez mais, privando-a dos seus resultados desde 1808. Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país de Portugal, em 7 de setembro de 1822. Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano.
Naquele tempo quase todos os brasileiros eram a favor de uma monarquia e o republicanismo teve pouco apoio. A subsequente Guerra da independência do Brasil propagou-se por quase todo o território, com batalhas nas regiões norte, nordeste e sul. Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824 e a independência foi reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825.
A primeira constituição brasileira foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos conselhos municipais de todo o país. D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831 e foi para a Europa para recuperar a coroa de sua filha, deixando para trás seu filho de cinco anos e herdeiro, que viria a ser Dom Pedro II. Como o novo imperador não pôde exercer suas prerrogativas constitucionais até atingir a maturidade, a regência foi criada. Disputas entre facções políticas levaram a rebeliões e uma instável, quase anárquica, regência. As facções rebeldes, no entanto, não estavam em revolta contra a monarquia, embora algumas declarassem a secessão das províncias como repúblicas independentes, mas só enquanto Pedro II era menor de idade. Devido a isso, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente e "o Brasil desfrutou de quase meio século de paz interna e progresso material rápido."
Forças brasileiras (de uniforme azul escuro) lutam contra o exército paraguaio durante a Batalha de Avaí, na Guerra do Paraguai.
O Brasil ganhou três guerras internacionais durante os 59 anos de reinado de Pedro II (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e da Guerra da Tríplice Aliança) e testemunhou a consolidação da democracia representativa, principalmente devido à realização de eleições sucessivas, e irrestrita liberdade de imprensa. A escravidão foi extinta após um lento, mas constante, processo, que começou com o fim do tráfico internacional de escravos em 1850 e terminou com a abolição da escravatura em 1888. A população escrava estava em declínio desde a independência do Brasil: em 1823, 29% da população brasileira era composta por escravos, enquanto em 1887 o percentual havia caído para 5%.
Quando a monarquia foi derrubada em 15 de novembro de 1889, houve pouca vontade no Brasil para mudar a forma de governo e D. Pedro II estava no auge de sua popularidade entre seus súditos.
No entanto, ele "foi o principal, talvez o único, a responsável pela sua própria derrubada." Após a morte de seus dois filhos, D. Pedro II acredita que "o regime imperial estava destinado a terminar com ele." Ele pouco se importava com o destino do regime e por isso não fez nada, nem permitiu que outra pessoa fizesse algo, para evitar o golpe militar, apoiado por antigos proprietários de escravos que se ressentiam da abolição da escravatura.
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