República Velha e Era Vargas

O início do governo republicano foi pouco mais do que uma ditadura militar. O exército dominou o governo, tanto no Rio de Janeiro quanto nos estados. A liberdade de imprensa desapareceu e as eleições eram controladas pelos detentores do poder. Em 1894, os civis republicanos subiram ao poder, abrindo um ciclo de "prolongada guerra civil, desastre financeiro e incompetência do governo." Em 1902, o governo começou um regresso às políticas prosseguidas durante o Império, prometiam a paz e a ordem em casa e uma restauração do prestígio do Brasil no exterior. O país também foi bem sucedido na negociação de diversos tratados que expandiam (com a compra do Acre) e garantiam as fronteiras brasileiras.

Na década de 1920 o país era assolado por diversas rebeliões causadas por jovens oficiais militares. Em 1930, o regime foi enfraquecido e desmoralizado, o que permitiu que o derrotado candidato presidencial Getúlio Vargas alcançasse o poder através de um golpe e assumisse a presidência. Vargas deveria assumir a presidência temporariamente, mas em vez disso, ele fechou o Congresso Nacional, extinguiu a Constituição, governou com poderes de emergência e substituiu os governadores dos estados por seus partidários. Em 1935, os comunistas se rebelaram em todo o país e fizeram uma tentativa mal sucedida para chegar ao poder. A ameaça comunista, no entanto, serviu como pretexto para Vargas lançar outro golpe de Estado em 1937 e o Brasil tornou-se uma ditadura completa. A repressão da oposição foi brutal, com mais de vinte mil pessoas presas, campos de concentração criados para os presos políticos em regiões distantes do país, prática generalizada de tortura pelos agentes do governo e repressão e censura à imprensa.

O Brasil manteve-se neutro durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial até o governo declarar guerra contra as Potências do Eixo, em 1942. Vargas então forçou imigrantes alemães, japoneses e italianos em campos de concentração e, em 1944, enviou tropas para os campos de batalha na Itália. Com a vitória aliada em 1945 e o fim do regime nazi-fascista na Europa, a posição de Vargas tornou-se insustentável e ele foi rapidamente deposto por um golpe militar. A democracia foi restabelecida e o General Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente, tomando posse em 1946. Vargas voltou ao poder em 1951, desta vez, democraticamente eleito, mas ele foi incapaz de governar sob uma democracia ou de lidar com uma oposição ativa, cometendo suicídio em 1954.

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